Deputado federal é réu no STF por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 2018
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Oito dos 15 deputados que votaram a favor da soltura de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suposto mandante da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), em plenário mudaram de posição durante votação do parecer da relatora Jack Rocha (PT-ES), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que orientou pela cassação do mandato do parlamentar.
No documento, a petista argumenta que a cassação do mandato de Brazão é uma forma de não “manchar” a imagem da casa e de manter a confiança do público nos legisladores brasileiros.
“A manutenção da prisão preventiva do representado [Chiquinho Brazão] deve ser acompanhada de uma firme recomendação deste Conselho de Ética pela perda de seu mandato, a fim de restaurar a confiança do público nas instituições democráticas e garantir que o parlamento seja composto por membros comprometidos com a Justiça e a legalidade”, escreveu Jack Rocha.
Entre os que são membros do colegiado e votaram contra a prisão de Brazão foram: o candidato à prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO), Marcos Pollon (PL-MS), Delegado Fabio Costa (PP-AL), Domingos Sávio (PL-MG), Albuquerque (Republicanos-RR) e Rafael Simões (União Brasil-MG), de acordo com informações da coluna Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Apenas um deputado votou contra o parecer de Jack: Gutemberg Reis (MDB-RJ), mantendo a posição manifestada em plenário em abril.
Outros sete foram pela prisão do acusado de mandar matar Marielle em abril e agora votaram pela cassação: a própria relatora, Jack Rocha; Chico Alencar (PSOL-RJ); Bruno Ganem (Podemos-SP); Jilmar Tatto (PT-SP); Joseildo Ramos (PT-BA); Josenildo (PDT-AP) e Márcio Marinho (Republicanos-BA).
Com a aprovação do parecer, a defesa de Chiquinho Brazão ainda pode recorrer à Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) em até sete dias.
O parecer do Conselho de Ética da Câmara será levado ao plenário da Casa, ainda sem data definida, e o aval dos demais parlamentares pode causar a perda do mandato. Para chancelar a medida, é necessário o voto favorável de 257 deputados.
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