Número de ciclos de FIV, fertilização in vitro, que era de 1.850 em 2020, aumentou para 2.500 em 2023
Foto: Rafael Lopes/Assessoria
Dados da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) apontam um aumento de 35% no número de casais de mulheres que optam pelo método de recepção de óvulos da parceira, conhecido pela sigla ROPA, nos últimos três anos.
O número de ciclos de FIV, fertilização in vitro, que era de 1.850 em 2020, aumentou para 2.500 em 2023. Esta crescente popularidade reflete o desejo de muitas mulheres em participar ativamente da gestação e concepção de seus filhos. Em relação a faixa etária dos casais que procuram pelo Método ROPA, estão mulheres entre 30 e 40 anos, com um aumento notável na faixa etária entre os 35 e 40 anos. Este grupo representa cerca de 55% dos casos.
O método, que promove participação equitativa de ambas as parceiras, possui eficácia comparavel a outras técnicas de fertilização in vitro, com taxas de sucesso superiores a 60% em muitos casos, apontam estudos. No entanto, é crucial considerar os aspectos legais e éticos envolvidos. A regulamentação da reprodução assistida varia significativamente entre diferentes jurisdições. No Brasil, a Resolução 2.168/2017 do Conselho Federal de Medicina regulamenta a prática, garantindo que casais homoafetivos femininos possam acessar esses tratamentos com segurança e respaldo legal.
O que é o Método ROPA?
O Método ROPA envolve a fertilização dos óvulos de uma parceira com sêmen de um doador, seguido pela transferência do embrião para o útero da outra parceira. “Esta técnica permite uma experiência única, onde ambas as mulheres têm um papel ativo e essencial no processo da gestação”, afirma Dra. Graziele Reis, especialista em reprodução assistida do IVI Salvador.
“É uma forma de ambas se sentirem conectadas e participantes desse momento tão especial, desde a concepção até o nascimento”, conclui a especialista.
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