Foto: Reprodução / Redes sociais
Conhecido como “cabeça-de-martelo”, o verme que foi identificado por biólogos nos Estados Unidos e na Europa, apareceu no Brasil. A criatura, considerada rara, é da espécie Bipalium, nativa da Ásia e não atinge seres humanos.
Segundo informações da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), ele é tóxico e se alimenta de minhocas, caracóis, lesmas e insetos. As informações são do Metrópoles.
Sua espécie pode produzir tetrodotoxina, uma neurotoxina que interrompe a sinalização dos neurônios para os músculos e pode ser encontrada em baiacus e polvos de anéis azuis.
Apesar de não representar uma ameaça significativa ao ser humano devido à dosagem de sua toxina ser baixa, em doses mais elevadas poderia atacar o sistema nervoso, causando dormência e até matar.
Além disso, o muco tóxico que envolve o corpo da criatura pode ser perigoso para animais de estimação que tiverem contato com ele.
No fim do ano passado, o biólogo Fabiano Soares compartilhou um vídeo mostrando um exemplar da espécie encontrado na cidade de Passo Fundo (RS), o que chamou a atenção, despertou dúvidas e, para alguns, causou um certo pânico nas redes sociais. “Eles podem ficar junto à vegetação, embaixo de pedras e material em decomposição”, esclareceu o biólogo, que recomenda manter o invertebrado longe de jardins e quintais.
Em Minas Gerais, moradores também ficaram surpresos quando o bicho apareceu em Belo Horizonte.
Com o corpo achatado e a cabeça em formato de pá, a criatura pode chegar a quase 40 cm de comprimento.
Por ser uma planária, um tipo de platelminto, esse parasita, caso seja cortado, vai se regenerar e, de apenas um, podem surgir vários, por isso, não deve ser decepado.
É ainda um hermafrodita, o que significa que cada indivíduo possui órgãos reprodutivos masculino e feminino, e que também podem se reproduzir via divisão binária.
Geralmente, é encontrado em ambientes de solo úmido, como sob folhas, pedras ou outros detritos.
O Departamento de Proteção Ambiental de Nova Jersey (EUA) indica que, caso seja necessário erradicar esses animais de seus quintais, aplique diretamente no verme sal, ácido bórico, vinagre ou óleo cítrico. Em caso de necessidade de manusear a espécie, é recomendado o uso de luvas.
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