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domingo, 30 de junho de 2024

Senador bolsonarista entra na mira do STF, diz colunista

Inquérito passou a envolver Zequinha Marinho por suspeitas do crime de advocacia administrativa
Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado
O Supremo Tribunal Federal 9STF) recebeu na sexta-feira (28) da Justiça Federal do Pará uma investigação que apura a suposta ligação do senador Zequinha Marinho, do Podemos, com uma organização criminosa que pratica grilagem em territórios indígenas no estado. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

De acordo com o colunista, a apuração começou em agosto de 2022, quando o Ibama localizou em uma inspeção na Terra Indígena Ituna-Itatá cinco barracos, veículos e mais de 50 pessoas dentro do território. Elas estavam desmatando o local para a formação de um loteamento ilegal.

As investigações indicaram que a invasão à terra indígena teria sido liderada por Jassônio Leite, apontado pelo Ibama como um dos maiores grileiros de terras indígenas na Amazônia. Em abril de 2021, sem citá-lo nominalmente, órgão ambiental informou ter identificado o “chefe do esquema criminoso” da grilagem em territórios indígenas na Amazônia e aplicado a ele uma multa de R$ 105,5 milhões.

Ainda segundo a coluna, o inquérito passou a envolver Zequinha Marinho por suspeitas do crime de advocacia administrativa, que envolveria ligações dele com Leite e atuação do senador bolsonarista para defender os interesses de grileiros na região da Ituna-Itatá. A terra indígena fica no município de Senador Porfírio (PA). Um assessor do parlamentar também teve ligações com Jassônio Leite apontadas na apuração.

“No transcorrer das investigações, constatou-se que os crimes teriam sido liderados por Jassônio Leite, o qual possui fortes ligações com o Senador Zequinha Marinho, e que por meio de um de seus assessores estaria fazendo uso da função pública para interferir diretamente nos interesses econômicos que colidem com a demarcação da terra indígena Ituna-Itatá”, apontou o juiz federal Leonardo Araújo de Miranda Fernandes na decisão que remeteu a investigação ao Supremo.

O caso foi enviado à Corte em razão de conexões com outra investigação sobre o senador envolvendo suspeitas de grilagem no Pará. As investigações tramitam sob relatoria da ministra Cármen Lúcia no STF.

Zequinha Marinho foi candidato ao governo do Pará em 2022 pelo PL, com apoio de Jair Bolsonaro. Ele deixou o partido em maio de 2023 e se filiou ao Podemos.

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