De acordo com o órgão estadual, os corpos foram encontrados em Teutônia e Agudo e ainda estavam sem identificação
Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
A última atualização feita, nesta segunda-feira (10), pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul (RS) eleva para 175 o número de mortos por causa das chuvas no estado. De acordo com o órgão estadual, os corpos foram encontrados em Teutônia e Agudo e ainda estavam sem identificação.
Também de acordo com o informativo da Defesa Civil, nesta segunda havia 18.854 pessoas em abrigos e 423.486 desalojadas por causa da chuvas e da inundação. Ao todo, 478 municípios no estado foram afetados.
O nível dos principais rios e lagos da região tem baixado gradativamente desde o começo do mês de junho e ficado abaixo da cota de inundação. O nível do lago Guaíba, por exemplo, estava em 2,95 metros, às 17h desta segunda, na Usina do Gasômetro, na região central de Porto Alegre.
A cota de inundação neste ponto de medição é de 3,6 metros. A cota de alerta no local é de 3,15 metros. Após a água baixar na maior parte de Porto Alegre, muitas famílias saíram dos abrigos e retornaram para suas casas, tentando retomar a vida.
A tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, que é comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.
O médico legista e professor aposentado Nelson Massini afirma que a putrefação de corpos se desenvolve rapidamente com a umidade. Depois de uma semana, fazer a identificação por meio de impressão digital já se torna praticamente impossível.
Outra opção é usar a arcada dentária, por meio de radiografias. Quando nenhum dos dois métodos funciona, é preciso recorrer ao DNA, como deve acontecer no estado. Outra dificuldade é o fato que muitos corpos foram encontrados embaixo da terra, o que também acelera a a putrefação.
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