General Juan José Zuñiga — Foto: Agência Boliviana de Informação
Preso suspeito de arquitetar a tentativa de golpe de estado iniciada nesta quarta-feira (26) na Bolívia, o general Juan José Zuñiga era o comandante-geral do exército do país, mas foi destituído do cargo ao afirmar que prenderia Evo Morales caso o ex-presidente, que vai concorrer às eleições no país em 2025, volte a se eleger. As informações são do g1.
“Sou um soldado de honra que está disposto a oferecer sua vida pela defesa e unidade da Pátria. Nossa Pátria, mais uma vez, está sob a ameaça de inimigos internos e externos que buscam a divisão, a desestabilização e o ódio entre os bolivianos, para tomar sobre os recursos naturais em benefício de interesses mesquinhos e grupos de poder que respondem ao caudilhismo", afirmou, um dia antes da tentativa de golpe.
Além da destituição, a declaração gerou reação imediata de Evo Morales, que declarou a possibilidade de um golpe de estado, em episódio que acabou em sua renúncia, em 2019.
Horas depois da resposta de Morales, Zuñiga liderou os tanques e militares que invadiram o palácio presidencial contra o governo de Luis Arce, eleito em 2020, e afirmou que o movimento era uma "tentativa de restaurar a democracia" na Bolívia e de libertar prisioneiros políticos.
O general estava no cargo máximo do Exército desde 2022. Na época, ele já tinha relação ruim com o movimento político de Evo Morales, que tinha apontado o general como integrante de um grupo de militares especialistas em escutas telefônicas e monitoramento pessoal.
Zuñiga também já foi acusado de envolvimento em escândalos de corrupção, segundo o jornal boliviano El Deber. Por conta do caso, o general foi sancionado com sete dias de prisão.
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