A pedido dos mandantes da morte de Marielle, executor pesquisou dados pessoais de políticos do PSol em plataforma
Foto: Reprodução/TV Globo
Além de Marielle Franco, quatro políticos do PSol eram alvos de de Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Os nomes pesquisados pelo matador de aluguel aparecem na investigação da Polícia Federal (PF) que levou a família Brazão para trás das grades. As pesquisas eram feitas em paltaformas da internet.
Lessa investigou por duas vezes, em janeiro de 2017, antes de Freixo deixar o PSol, o número do CPF de Isadora Peixoto de Oliveira Freixo, filha do deputado federal licenciado e presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Investigadores avaliam que, como o parlamentar anda com escolta armada, o criminoso cogitou atingir o expoente do partido por meio de familiares.
Em 2008, Freixo foi o presidente da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Para a PF, as investigações revelaram “a perigosa relação entre o crime organizado e a política carioca”.
Outro CPF pesquisado mais de uma vez por Ronnie Lessa foi o do sociólogo e ex-vereador Renato Cinco, também do PSol. Conhecido pela postura enérgica e por defender a legalização da maconha, Renato Cinco foi monitorado por Lessa em março de 2018, na ocasião do assassinato de Marielle, antes em julho de 2012, outubro de 2013, março de 2015.
Ao longo do mandato, o vereador proferiu um duro discurso, da tribuna da Câmara Municipal, contra a “estatização das milícias”, em 2016.
Também, esteve na mira o deputado federal Chico Alencar em 2017. Ele foi pesquisado pelo executor de Marielle em maio daquele ano, pouco antes de anunciar sua pretensão de disputar o Senado em 2018.
Também deputado federal, o professor Tarcísio Motta esteve sob a mira de Ronnie Lessa durante seu mandato na Câmara de Vereadores, entre 2017 e 2022. Tarcísio é conhecido na política carioca desde 2016, quando mesmo sem recursos financeiros de destacou na campanha para a prefeitura.
Segundo o relato de Ronnie Lessa à Polícia Federal, as pesquisas eram feitas a pedido dos mandantes do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão. O monitoramento ocorria devido à “atuação política intensa e combativa de alguns de seus correligionários” do PSol em oposição aos interesses políticos dos dois irmãos. As informações são do Metrópoles.
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