*Por Fernanda Siqueira
A gestão de riscos, um pilar fundamental de qualquer empresa de tecnologia, está passando por uma transformação importante à medida que os princípios do ESG (ou ASG – Ambiental, Social e Governamental) se consolidam no mercado.
Agora, com novos parâmetros e requisitos a serem alcançados, é necessário alinhar essas duas frentes, de forma que coexista em um sistema que traga resultados.
Tradicionalmente, esse setor corporativo de riscos se concentrou em aspectos financeiros e operacionais, como riscos de mercado, regulatórios e cibersegurança. No entanto, em um ambiente cada vez mais consciente dos desafios ambientais e sociais, a tendência é que a área ganhe novos focos.
O aumento nos aportes em ESG abre espaço para a integração entre essas duas frentes, conforme indicado por 78% dos investidores entrevistados no levantamento da EY (2022), que incentivam novas aplicações na área. Eles também utilizam as divulgações ESG das empresas como parte de suas tomadas de decisões nos negócios.
Entre os 170 presidentes e diretores de empresas pesquisados pela Data Makers (2023) para avaliar a percepção dos líderes de negócios em relação a práticas ESG, 85% afirmaram que preservar a reputação da empresa é a motivação central por trás da adoção dessas práticas. O alinhamento da gestão de riscos com os princípios do ESG é vital por várias razões, entre elas:Empresas de tecnologia dependem de sua reputação e credibilidade. Violações éticas ou ambientais podem manchar uma imagem construída ao longo de anos. O alinhamento dessas duas frentes protege o que foi construído durante os anos de trabalho.
Investidores estão cada vez mais direcionando seus recursos para empresas comprometidas com uma agenda de sustentabilidade. Uma sólida estratégia de gestão de riscos relacionados às práticas de sustentabilidade atrai investimentos e financiamento.
Regulamentações ESG estão em constante evolução. Uma gestão de riscos eficaz assegura que as empresas estejam em conformidade com essas regulamentações.
Preparação para Riscos Emergentes: o ESG não trata apenas de riscos imediatos, mas também de preparar uma empresa para ameaças emergentes, como mudanças climáticas e questões sociais, ajudando a identificar e mitigar esses riscos em evolução, mostrando a resiliência da companhia.
A gestão de riscos no setor de tecnologia não pode mais se limitar a preocupações puramente financeiras. A integração eficaz com os princípios do ESG é essencial para garantir a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo. As empresas de tecnologia que adotam essa abordagem não apenas estão mais bem preparadas para enfrentar os desafios emergentes, mas também estão alinhadas com os valores e expectativas de investidores, clientes e sociedade como um todo. Portanto, a união dos setores, se torna uma estratégia imperativa no atual cenário empresarial.
*Fernanda Siqueira é Coordenadora de ESG da ODATA.
Sobre a ODATA, uma empresa da Aligned Data Centers
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