O Itamaraty informa que não tem como negociar com a autoridade palestina porque quem manda na região é o grupo terrorista
Foto: Divulgação / Força de Defesa de Israel
Uma negociação direta com representantes do Hamas será necessária para que o Brasil consiga retirar 25 brasileiros que já manifestaram o desejo de deixar a Faixa de Gaza, afirmam fontes ligadas ao Itamaraty.
Segundo as fontes, não há como negociar com a autoridade palestina, pois quem manda de fato na zona de conflito é o Hamas. O objetivo é tirá-los exatamente pela fronteira com o Egito. O país faz fronteira com a Faixa de Gaza, foco do combate entre o grupo terrorista armado Hamas e as forças militares de Israel.
Um conflito entre o grupo terrorista e Israel já deixou milhares de mortos desde o sábado (7). Mais de dois mil pedidos de repatriação já foram recebidos no Itamaraty. Pelo menos três brasileiros estão desaparecidos na região. Eles estavam na festa rave que foi atacada e deixou pelo menos 260 mortos. A previsão é de que o primeiro voo da FAB com brasileiros resgatados de Israel chegue ao Brasil na quarta (11).
Os brasileiros que querem deixar a Faixa de Gaza fizeram chegar essa intenção a membros da diplomacia brasileira em Ramallah e também no Egito. A estimativa é de que 6 mil brasileiros vivam na Faixa de Gaza.
A retirada de brasileiros pela passagem na fronteira de Gaza com o Egito, que tem cerca de 7 quilômetros de distânci, é arriscada em meio à guerra. Se acordado com as autoridades egípcias, a evacuação terá de acontecer por terra.
E o mais rapidamente possível. Contudo, tudo isso depende do avanço das conversações com o Hamas. Membros do Ministério das Relações Exteriores, em Israel e no Egito, trabalham neste sentido. Sobre a primeira leva de brasileiros que sairão de Tel Aviv nesta terça (10), a prioridade está sendo para turistas, pois eles não têm família, casa ou endereço em território israelense. A lista ainda está sendo definida.
A embaixada brasileira em Tel Aviv recebeu contatos de 2 mil brasileiros que externaram interesse em voltar ao Brasil. A maioria formada por turistas, que estão hospedados em Tel Aviv e em Jerusalém.
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