Foto: Mairan Reis / Acorda Cidade
Mais de 1.700 estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), que vinham fazendo protestos por melhorias na estrutura da instituição, especialmente nos cursos de saúde, e também contra a falta de professores, deflagraram greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na noite de ontem (6) no campus, com 806 votos a favor da greve e 700 contra, além das 15 abstenções.
Conforme informações do Acorda Cidade, a mobilização para a greve começou com os estudantes de medicina e, posteriormente, recebeu apoio de alunos de outros cursos.
Os principais pontos discutidos durante a assembleia incluíram a demanda por 7% da receita líquida do estado para as universidades, a manutenção dos serviços básicos, o pagamento das bolsas de estudo – desmentindo rumores de que elas não seriam pagas –, e a necessidade de realizar a greve como forma de pressionar o governo a atender às reivindicações dos estudantes. Durante a mobilização estão previstos vários atos, inclusive panfletagem para informar a comunidade os motivos do protesto.
De acordo com os universitários, outras universidades estaduais da Bahia, como a Uesf, Uneb e Uesb, também estavam discutindo greves ou apoio à mobilização.
A Associação dos Professores (Adufs), declarou apoio aos docentes. Em nota, a Adufs destacou a ausência de professores – problema apontado por estudantes do curso de medicina. Segundo a associação, a situação não é uma novidade na universidade, visto que no mês passado alunos de diversos cursos denunciaram o mesmo quadro.
“Soma-se a isso, as inúmeras situações decorrentes da infraestrutura de laboratórios, a condição do Restaurante Universitário e a mobilidade acadêmica, além do descaso com a política de permanência estudantil, no tocante a atualização do valor das bolsas de pesquisa e do percentual destinado na Receita Líquida de Impostos (RLI) para a rubrica”, diz a nota.
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