Por Renato Machado | Folhapress
Foto: Reprodução / Twitter (@UNRWA)
O Brasil deve participar no próximo sábado (21) de uma cúpula no Egito para discutir a situação na Faixa de Gaza, em particular a dificuldade para a saída de estrangeiros da região e a crise humanitária com a dificuldade de chegada de auxílio.
O Planalto ainda vai decidir quem será o representante brasileiro na reunião. Na saída de uma audiência no Senado, nesta quarta-feira (18), o chanceler Mauro Vieira respondeu que não iria ao Egito.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda se recupera de uma cirurgia no quadril e nas pálpebras, realizada no fim de setembro.
O evento foi convocado pelo próprio Egito, que vem sendo pressionado a abrir a sua fronteira com a Faixa de Gaza para a passagem de ajuda humanitária e para a repatriação de estrangeiros. Há cerca de 32 brasileiros aguardando a abertura da fronteira em Rafah.
O país teme que a abertura provoque uma onda de refugiados palestinos, além de possibilitar a entrada de terroristas do Hamas em território egípcio.
Além do Brasil, na qualidade de presidente do Conselho de Segurança da ONU, foram convidados os cinco membros permanentes do órgão: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.
Também foram convidados a Alemanha, a Espanha e países do Oriente Médio, como Turquia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Bahrein e Kuwait.
Nesta quarta-feira, após visita e pedido do presidente americano Joe Biden, Israel anunciou que autorizará o envio de "comida, água e medicamentos" do Egito para a Faixa de Gaza.
O território palestino, onde vivem mais de 2 milhões de pessoas, está totalmente bloqueado por Israel desde o ataque do grupo terrorista Hamas, no dia 7 de outubro.
"À luz do pedido do presidente Biden, Israel não impedirá a assistência humanitária via Egito, desde que seja apenas de alimentos, água e medicamentos para a população civil localizada no sul da Faixa de Gaza", afirmou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
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