Livraria, que já foi a maior do Brasil, com cerca de 100 unidades se encontra em recuperação judicial desde 2018
Saraiva (SLED4) / Foto: Divulgação
A Livraria Saraiva (SLED4), companhia que está em recuperação judicial, comunicou ao mercado na última quarta-feira (20), a demissão dos funcionários de suas últimas 5 lojas.
Nesse sentido, a Saraiva que já foi a maior rede de livrarias do Brasil, com cerca de 100 unidades, deverá operar, a partir de agora, apenas como e-commerce.
A companhia detinha, até esta semana, quatro lojas em São Paulo, localizadas na Praça da Sé, Shopping Aricanduva, Jundiaí e Novo Shopping, e uma em Campo Grande (MS).
Em suma, em 2018, a Saraiva realizou o primeiro movimento de encerramento de operações de lojas. Sendo assim, naquela ocasião, a rede ficou com 84 unidades e com o site. No mês seguinte, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial. A dívida revelada naquele momento era de R$ 674 milhões.
No entanto, com o passar dos anos, a Saraiva não conseguiu fôlego, e seguiu reduzindo sua operação física, focando cada vez mais no negócio online.
Na próxima sexta-feira (22), a companhia realizará uma Assembleia Geral Especial de Preferencialistas (AGESP) para discutir, entre outros temas, a transformação das ações preferenciais em ações ordinárias, segundo o PublishNews, publicação especializada em mercado editorial.
Desse modo, o controle da empresa, atualmente com a família Saraiva, poderia ser transferido para os principais acionistas preferenciais. Os acionistas da empresa ainda devem debater sobre o cronograma para a recomposição do Conselho de Administração. Isso ocorre após a renúncia de dois membros do conselho, alegando existir uma falsa ata do Conselho de Administração assinada pelo presidente.
“A companhia se encontra em recuperação judicial e com situação complexa frente ao cenário econômico do varejo brasileiro. Como já apresentado em fatos relevantes, a atividade da companhia reduziu-se expressivamente e, infelizmente, alguns pagamentos, inclusive o de Conselheiros, estão atrasados, o que, provavelmente, irá gerar outras renúncias de conselheiros eleitos”, informou a Saraiva na última terça-feira (19).
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