Por Nathalia Garcia | Folhapress
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Um Pix de R$ 1,2 bilhão em dezembro do ano passado foi a transação de maior valor realizada por meio do serviço de pagamentos instantâneos do Banco Central entre 2020 e 2022, segundo dados divulgados pela autoridade monetária nesta segunda-feira (4).
A informação consta no relatório "gestão do Pix - concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022", que traz uma radiografia do meio de pagamento mais utilizado no Brasil
Essa cifra, contudo, é exceção. O Pix tem sido utilizado principalmente para transferências de valores mais baixos. Segundo o documento, R$ 257 é o valor médio das transações entre pessoas físicas. Considerando todas as operações até dezembro de 2022, quase 61% delas foram inferiores a R$ 100.
"Em relação ao volume transacionado, houve crescimento nominal de 914% em 24 meses, chegando a R$ 1,2 trilhão em dezembro de 2022", diz o documento.
Desde seu lançamento, em novembro de 2020, o Pix continua crescendo e, no dia 4 de agosto, registrou um novo recorde de operações: 142,4 milhões de transações em um único dia. O sistema também vem passando por uma série de aprimoramentos para trazer novas funcionalidades ao usuário.
Na agenda evolutiva, o BC trabalha no desenvolvimento do Pix Automático, modalidade que funcionará como um débito automático mediante autorização prévia do pagador. Ou seja, os brasileiros poderão quitar despesas recorrentes, como contas de água, luz e telefone, sem precisar autenticar cada transação. O lançamento da ferramenta está previsto para 2024.
Quanto à segurança, polícias, Ministérios Públicos e outras autoridades de persecução penal podem consultar automaticamente, desde 1º de setembro, dados cadastrais, vinculados às chaves Pix, de usuários sob investigação.
Com esse mecanismo, o BC espera facilitar a identificação e eventual responsabilização de usuários que utilizaram o Pix para cometer crimes e, assim, auxiliar no combate e prevenção de fraudes e crimes cibernéticos.
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