Paola, que foi transplantada quando tinha 1 ano de idade, ao lado do seu primeiro filho, agora, 20 anos depois
Foto: reprodução / HCPA
Veja a virada na vida dessa mulher transplantada quando era criança. Aos 13 meses, Paola Luz foi diagnosticada com atresia biliar, doença que bloqueia os dutos biliares e impossibilita o funcionamento do fígado. Por Renata Giraldi / SNB
Assim, com 1 ano, a menina foi transplantada e agora, duas décadas depois, deu à luz ao primeiro filho. É a renovação do ciclo da vida que segue seu curso graças à solidariedade e empatia com o próximo. Com informações HCPA
A imagem sorridente de Paola com o primeiro filho é o símbolo de inspiração para a doação de órgãos. A jovem, de 23 anos, é de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e faz parte da chamada grande família do HCPA (Hospital das Clínicas de Porto Alegre).
Ciclo da vida
Com uma vida saudável, Paola faz apenas o acompanhamento de rotina no hospital, mas costuma dizer que ali é também seu porto seguro, onde reencontra amigos e o conforto da memória afetiva.
A chefe do chefe da Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica e responsável técnica do Transplante de Fígado Infantil, Sandra Maria Gonçalves Vieira, comemorou o primeiro filho de Paola.
Ela diz que é a renovação do ciclo da vida em eterno movimento. “O programa de transplante hepático existe desde 1995 e é uma honra fazer parte de uma história que envolve muita superação e amor”, afirmou.
A chegada do bebê
A superação e a vida de Paola são celebradas agora em dobro com a chegada do bebê, algo que parecia improvável na época em que ela fez o transplante de fígado.
O diagnóstico de atresia biliar é desafiador e encontrar um doador compatível, na idade que a menina tinha, era como se fosse um milagre.
Mas a família de um menino de 4 anos, que morreu, fez a doação e foi a responsável pelo respiro da vida para a Paola.
Segundo especialistas, qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos quando morrer, exceto aquelas que não apresentavam condições clínicas consideradas adequadas.
É necessário informar à família que quer ser doador de órgãos.
Apenas a família do falecido pode autorizar a doação.
Pela legislação brasileira, somente pode haver a doação quando ocorrer morte encefálica.
Teoricamente, todos os órgãos e tecidos podem ser doados, dependendo da sua condição no momento da retirada.
A retirada ocorre em ambiente hospitalar somente.
Os órgãos que costumam ser doados são córneas, coração, pulmão, fígado, pâncreas e rins.
Os tecidos mais transplantados são as córneas, a pele e os ossos.
Doação em vida
Em situações específicas é possível doar órgãos e tecidos sem estar morto, a chamada doação intervivos.
É o caso de órgãos duplos (por exemplo, os rins), ou de parte de um órgão (por exemplo, o fígado e o pulmão).
Lembre-se: doar órgão é um ato de amor!
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