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A Fifa informou, nesta segunda-feira (11), que os jogadores Ygor Catatau, Matheus Gomes e Gabriel Tota, envolvidos nos casos de manipulação de resultados por meio de apostas esportivas, estão banidos para sempre do futebol. A pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a entidade internacional também ampliou a suspensão de outros oito atletas brasileiros para competições fora do território nacional. Por Metropoles / Portal IG / Globo
O nome dos 11 jogadores citados, bem como suas respectivas punições, foram divulgadas no site oficial da entidade. A princípio, as penas se estendiam apenas ao território nacional, tendo sido aplicadas pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Alguns jogadores, como o zagueiro Eduardo Bauermann, ex-Santos, fecharam contratos fora do país para se manterem em atividade.
As punições ocorreram após o Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da Operação Penalidade Máxima, investigar um esquema de manipulação de apostas esportivas em partidas das séries A e B do Campeonato Brasileiro, e em jogos do Paulistão e do Gauchão de 2023.
Jogadores cooptados por grupos criminosos recebiam até R$ 100 mil para provocar cartões amarelos e vermelhos ou realizar outras ações dentro de campo, e, assim, ajudar os apostadores. Alguns atletas também respondem na esfera criminal pela participação no esquema.
Os jogadores citados pela Fifa são: Ygor de Oliveira Ferreira (banimento vitalício); Paulo Sérgio Marques Corrêa (600 dias a partir de 26 de maio de 2023); Gabriel Ferreira Neris (banimento vitalício); Jonathan Doin (720 dias a partir de 16 de maio de 2023); Fernando José da Cunha Neto (360 dias a partir de 16 de maio de 2023); Eduardo Gabriel dos Santos Bauermann (360 dias a partir de 16 de maio de 2023); Matheus Phillipe Coutinho (suspensão vitalícia); Mateus da Silva Duarte (600 dias a partir de 26 de maio de 2023); André Luiz Guimarães Siqueira Junior (600 dias a partir de 26 de maio de 2023); Onitlasi Junior Moraes (720 dias a partir de 16 de maio de 2023); Kevin Joel Lomónaco (360 dias a partir de 16 de maio de 2023).
De acordo com a investigação, a quadrilha analisava as partidas e eventos que poderiam dar o maior retorno mediante o investimento. Depois disso, os acusados de chefiar o esquema de apostas entrava em contato com os atletas e os que topavam recebiam uma parte do valor combinado como sinal. Os criminosos acompanhavam a partida e, se o combinado fosse realizado, pagavam o restante para os atletas envolvidos após o jogo.
Bruno Lopez, Romario Hugo dos Santos e Thiago Chambó, suspeitos de liderar a quadrilha, estão presos. Bruno Lopez, identificado na denúncia também como “BL”, já havia sido preso durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, realizada em fevereiro e que mirava apenas jogos da segunda divisão nacional
Ele foi solto por meio de habeas corpus e voltou a ser detido na segunda fase da operação. Romarinho é citado no inquérito como o responsável por aliciar e ameaçar o zagueiro Eduardo Bauermann, enquanto Chambó é apontado como um dos financiadores do esquema
Em julho, o Governo Federal publicou a Medida Provisória nº 1 182/2023 para regulamentar as apostas de quota fixa, conhecidas como “mercado de bets”. A nova proposta prevê a proibição de publicidade e propaganda comercial de operadores não autorizados
A MP estabelece que somente as empresas do setor habilitadas poderão receber apostas relacionadas a eventos esportivos oficiais, organizados por federações, ligas e confederações. As empresas não habilitadas incorrerão em práticas ilegais e estarão proibidas de realizar qualquer tipo de publicidade, inclusive em meios digitais.
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