Programas geraram impacto positivo e tiram mais de 1,5 milhão de pessoas da extrema pobreza no estado.
Foto: Roberto Parizotti/ CUT
O impacto positivo dos programas sociais foi ainda maior entre as pessoas abaixo da linha de extrema pobreza. Sem esses benefícios, em 2020, o número de extremamente pobres na Bahia teria sido pouco mais que o dobro do verificado.
No ano passado, 9,9% da população baiana estavam abaixo da linha de extrema pobreza monetária. Isso significa 1,477 milhão de pessoas vivendo com um rendimento domiciliar médio per capita inferior a R$ 148 por mês.
Frente a 2019, o número de extremamente pobres na Bahia caiu 22,9%, o que representou menos 438 mil pessoas nessa situação, em um ano.
No Brasil como um todo também houve uma expressiva queda desse contingente (-15,5% ou menos 2,216 milhões) chegando a 12,046 milhões de extremamente pobres em 2020. Esse grupo reduziu em 18 das 27 unidades da Federação. A Bahia (-438 mil) teve o segundo maior recuo absoluto, abaixo apenas do Maranhão (-477 mil pessoas extremamente pobres em um ano).
Ainda assim, o estado manteve, em 2020, o maior número de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza no país (1,477 milhão), posto que ocupa desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, em 2012. Em termos percentuais, a Bahia ficava em 6º lugar (era o 8º em 2019, ou seja, piorou no ranking).
Assim como ocorre em relação à linha de pobreza, retirando-se os programas sociais do valor total do rendimento domiciliar per capita, há um aumento do número de extremamente pobres na Bahia em todos os anos.
Em 2020, porém, esse contingente seria mais que o dobro do que foi efetivamente verificado: 1 em cada 4 pessoas estariam abaixo da linha de extrema pobreza monetária no estado, isto é, 25,2% da população ou 3,753 milhões de pessoas. Ou seja, os benefícios dos programas sociais evitaram que 2,276 milhões de pessoas vivessem abaixo da linha de extrema pobreza na Bahia, em 2020.
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