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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

ITABUNA-BA: Evolução e orgulho definem sessão pelos 30 anos da Uesc

Uma espécie de linha do tempo foi trilhada ontem (9), durante sessão especial em comemoração aos 30 anos da Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz). O anfitrião foi o vice-presidente da Câmara de Itabuna, Sivaldo Reis (PL), cuja trajetória é de um menino que ingressou na instituição como office-boy, aos 12 anos; foi 20 vezes homenageado como melhor funcionário e só saiu para realizar o sonho de ser vereador.

Ele reencontrou o reitor Alessandro Fernandes, acompanhado do vice-reitor, Maurício Moreau; pró-reitores, assessores e diretores. Num discurso que emocionou a plateia, o professor Alessandro trouxe números substanciais.

São aproximadamente nove mil alunos (do Brasil e exterior), distribuídos em 33 cursos de graduação presenciais, cinco de EaD (Educação a Distância), além de especializações, mestrados e doutorados. “Hoje, a Uesc é uma das melhores alternativas do país; somos a segunda melhor da Bahia. Já formamos mais de 20 mil alunos”, sublinhou.

Há 366 servidores técnico-administrativos. Dos 768 docentes, quase 70% são doutores. A expectativa, adiantou o reitor, é chegar a 100% em dez anos. “Mas não adianta nada ter tantos doutores, se não conseguirmos interagir para mudar a realidade social e econômica da nossa região; não podemos nos orgulhar de termos 525 doutores se ainda tivermos analfabetos”, reconheceu.

Ele frisou, ainda, a importância da reserva de 50% das vagas para estudantes da rede pública e para indígenas, negros e/ou quilombolas. Como exemplos da inserção na comunidade, “a emoção de ver o formando dizer que é o primeiro da família a alcançar o nível superior”.

“Berço de progresso”
O professor Wenceslau dos Santos Júnior (ex-vereador e ex-vice-prefeito de Itabuna) era presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes) quando foi assinado o decreto que tornou pública a FESPI (Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna). E registra “a alegria de ver quadros da universidade contribuindo com as gestões municipais”.

Semelhantes recordações foram expostas por outros ex-alunos, como a economista Márcia Roseli e a pedagoga Neide Oliveira. Ela recordou ter precisado de auxílio do saudoso Helenilson Chaves, para custear mensalidades na FESPI, e a greve de seis meses que os alunos fizeram por não poder pagar valores exorbitantes.

“Fico feliz em sermos um berço de progresso e desejando que os estudantes se estimulem; porque hoje existem muitas facilidades. Buscar o conhecimento é sempre bom para todos”, observou.

Demais vereadores ali presentes também partilharam o orgulho que é estudar na Uesc ou saber que alguém próximo pôde fazer um curso por lá. Israel Cardoso (Agir) e Wilma de Oliveira (PCdoB), por exemplo, falaram dos conhecimentos obtidos na pós-graduação em Gestão Pública.

Kaiá da Saúde (Avante) citou a abertura de portas para as filhas dele no mercado de trabalho ao informarem que foram graduadas pela instituição. Por falar em estudantes, o edil Solon Pinheiro (Solidariedade) compartilhou o desejo de ver, nos dias atuais, um movimento estudantil como aquele que lutou pela estadualização.

ProUni municipal
O prefeito Augusto Castro (PSD), acompanhado de secretários como a de Educação, Janaína Araújo, homenageou Déa Jacobina, mais uma integrante da luta pela estadualização. “A Uesc é um patrimônio; dá orgulho ver uma universidade forte em ensino, pesquisa e extensão, que só faz engrandecer a região e a Bahia”, declarou.

Como uma proposta para ampliar o acesso, o gestor anunciou: está em estudo o projeto para Itabuna oferecer um ProUni municipal – para aqueles que, eventualmente, não consigam vaga numa faculdade pública.

Já o secretário de Desenvolvimento Rural (deputado federal licenciado) Josias Gomes, enalteceu o quão bem colocada está a Uesc, inclusive em nível internacional. E recordou não ser tão distante o passado em que havia poucas universidades públicas no país – apenas uma na Bahia.

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