por Felipe Dourado, de Brasília / BN
Foto: Reprodução / Câmara dos Deputados
Uma reportagem publicada pelo portal O Globo revelou recentemente que, entre 2020 e 2021, aproximadamente R$ 3,2 bilhões foram empenhados a parlamentares através das emendas de relator. Conhecidas como RP9, e componentes do polêmico Orçamento Secreto, anunciado pelo Governo Federal em 2019, as emendas foram encaminhadas a 290 deputados e senadores, de acordo com o levantamento. O número, que já é alto, pode ser ainda maior, pois ainda não há centralização no acesso aos dados - o que deve ocorrer apenas em março do ano que vem.
A bancada baiana no Congresso, que conta com 40 deputados e 3 senadores, foi o segundo reduto que mais recebeu as emendas, cuja destinação não precisa ser informada na prestação de contas. Foram cerca de R$ 300 milhões destinados ao Estado, de acordo com o levantamento. No entanto, nem todos os parlamentares receberam tais emendas, que só são liberadas de acordo com o "comportamento" deles nas votações de pautas de interesse do governo.
Imagem: Priscila Melo/Bahia Notícias
Ao todo, 23 deputados e dois senadores foram contemplados com verbas, sendo que o deputado João Carlos Bacelar (PL) teve maior valor em repasse: cerca de R$ 70 milhões; enquanto que o senador Angelo Coronel (PSD), ocupou a segunda posição, recebendo cerca de R$ 47,30 milhões. O outro senador da lista, Otto Alencar (PSD), recebeu R$ 20,6 milhões.
Dos que não receberam nada, estão os todos os nove representantes baianos do PT, além dos dois parlamentares do PCdoB. Por outro lado, os partidos com a maior quantidade de parlamentares recebendo os repasses foram o PSD, com seis, além de PP e Democratas, ambos com quatro representantes.
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