Presidente Jair Bolsonaro
Por Pedro Fonseca
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quarta-feira a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que sabia que uma ou outra pessoa da corte iria atrapalhar seu governo, e disse que a nomeação feita por ele de um pastor evangélico irá melhorar o tribunal.
Ao discursar em evento da igreja Assembleia de Deus no Pará, Bolsonaro disse acreditar que aos poucos o STF vai mudar, e citou sua indicação do ex-ministro da Justiça André Mendonça, que é pastor, para ocupar uma vaga na corte.
"Tenho conversado muito com o pastor André Mendonça, porque a vida dele também vai mudar. Decisões difíceis ele tomará", disse Bolsonaro.
O presidente está no centro de uma crise com o Supremo, em especial os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, contra quem anunciou que apresentará pedidos de impeachment ao Senado.
Moraes foi o ministro do STF responsável pela determinação da prisão preventiva de Roberto Jefferson, hoje um dos principais defensores de Bolsonaro. Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é visto pelo presidente como o responsável por impedir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que instituiria o voto impresso para urnas eletrônicas.
Bolsonaro, por outro lado, disse estar tendo "um bom retorno" do Congresso Nacional.
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