Foto: Carlos M. Vazquez II/Fotos Públicas
O presidente dos EUA, Jose Biden, fez seu primeiro pronunciamento após o grupo extremista Talibã retomar o comando do Afeganistão. Na tarde desta segunda-feira (16), Biden enfatizou a sua decisão de retirar as tropas americanas daquele país. Ele atribuiu a culpa pelo estado de caos vivido pela população ao governo e líderes afegãos que abandonaram o país.
"Os líderes do país fugiram. Isso comprovou que não devemos estar lá. Não devemos lutar e morrer em uma guerra que os afegãos não querem lutar. Demos a eles todas as chances que podíamos, mas não podíamos dar a vontade de lutar", declarou Biden.
Ele afirmou ter tido “conversas francas” com o ex-presidente afegão, Ashraf Ghani, sugerindo que o país deveria estar pronto “para lutar uma guerra civil, combater a corrupção e fazer negociações internas”. Para o presidente norte-americanos, eles falharam em cumprir as questões alertadas.
Biden disse que, na situação atual, não haveria como manter a paz no país sem enviar mais soldados, o que levaria a uma terceira década de conflitos.
"Quantas gerações mais teríamos de enviar para lá? Não vou repetir erros do passado, de lutar em guerras sem fim que não tem a ver com os interesses dos EUA. Mantenho minha decisão. Não haveria uma hora certa para retirar as tropas do Afeganistão."
O presidente repetiu que a missão dos EUA no país era capturar os terroristas por trás dos ataques de 11 de setembro de 2001 e evitar que grupos radicais usassem o Afeganistão como base, e que isso foi cumprido. Ele lamentou a situação atual, mas disse que a missão americana nunca teve como meta construir um país.
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