Foto: Júlio Nascimento/PR
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recebeu um documento onze dias antes de dizer à CPI da Covid que Mayra Pinheiro não trata de "tratamento precoce" em sua gestão que desmente sua versão.
No último dia 28, Mayra, conhecida como Capitã Cloroquina, pediu ao gabinete do ministro e a outros quatro departamentos da pasta uma análise da continuação do aplicativo TrateCov. A plataforma foi lançada pelo ministério em janeiro e receitava o tratamento precoce com cloroquina e outros medicamentos sem eficácia para Covid.
Segundo o Metrópoles, o documento intitulado "Solicita análise de conveniência e oportunidade no prosseguimento da ação Plataforma TrateCov", foi assinado por Mayra Pinheiro e solicitava a "alta administração deste ministério" a examinar se o aplicativo deveria ser mantido.
"Renova-se a indicação para a análise acerca do tema, em especial pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19", escreveu Mayra Pinheiro ao gabinete de Queiroga.
"Sugere-se que, em caso positivo pelo prosseguimento, seja a ação abrigada sob a responsabilidade da Secretaria de Atenção Primária à Saúde", acrescentou.
O ofício também foi enviado para a Secretaria-Executiva, Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid, Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública, e Diretoria de Integridade da pasta.
Na última terça-feira (8), Queiroga compareceu ao Senado para segundo depoimento e deu uma versão que contradiz o documento que havia recebido onze dias antes. O ministro foi questionado pelo relator da CPI, Renan Calheiros, por que ainda mantém a "Capitã Cloroquina" no cargo.
"A doutora Mayra (Pinheiro) não trata, na minha gestão, de tema relacionado ao tratamento precoce da Covid-19", disse Queiroga.
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