Segundo ele, o fato de que o número de imunizados superou o de casos de coronavírus na última quarta é uma boa notícia, mas esconde uma grande desigualdade.
Foto: Bruno Concha / Secom PMS
O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu que os países suspendam seus programas de vacinação quando já tiverem protegido profissionais de saúde e mais vulneráveis e permitam que os imunizantes sejam usados em países mais pobres. Segundo ele, o fato de que o número de imunizados superou o de casos de coronavírus na última quarta é uma boa notícia, mas esconde uma grande desigualdade.
Mais de três quartos das inoculações aconteceram em apenas 10 países, que correspondem a 60% do PIB global, com nações como o Reino Unido e o Canadá assegurando doses suficientes para vacinar toda a população. Ao mesmo tempo, mais de 100 países com 2,5 bilhões de pessoas não receberam nenhuma dose até agora, disse o diretor da OMS.
Para Ghebreyesus, governos têm o dever de proteger suas populações, mas, uma vez que tenham vacinado os mais velhos e os profissionais de saúde, precisam pensar no resto do mundo. “Isso é fundamental porque, enquanto houver uma grande parcela de pessoas sem imunidade, cresce a possibilidade de o vírus sofrer mutações e escapar do efeito das vacinas. E voltaremos à estaca zero.”
De acordo com o diretor-geral da OMS, o “nacionalismo das vacinas” pode adiar ainda mais o controle da pandemia, já que “o coronavírus não respeita fronteiras”. Em estimativas anteriores, a OMS estimou esse atraso custaria aos países ricos US$ 4,5 trilhões (R$ 24 trilhões). Mais em https://www.fortenanoticia.com.br
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