Depois de fazer um levantamento da situação atual e das ações suspensas em gestões anteriores, a nova coordenação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Itabuna, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, vem desenvolvendo uma série de projetos e também buscando parcerias com órgãos do município como Procuradoria-Geral, secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, Transportes e Trânsito e Segurança e Ordem Pública para reativar suas atividades voltadas para o trato com os animais sem referência, por envolver a saúde pública.
A coordenadora do CCZ, médica veterinária Ellen Gleicer Lima Santos, explica que na Procuradoria-Geral do Município, por exemplo, busca suporte legal para a aplicação de multas àqueles proprietários que deixam seus animais de grande porte (cavalos, gado bovino, etc.) soltos nas vias públicas, colocando em risco a vida de motoristas e pedestres.
A situação de maus tratos aos animais também é outra questão que precisa de atuação mais incisiva. “Para isso, precisamos contar com participação das Polícias Civil e Militar e do Ministério Público estadual para se cumprir a lei”, diz a coordenadora. Ellen ressalta a importância de se educar a população sobre a posse responsável desses animais, ou seja, quem adota um tem que ter compromissos, desde a alimentação, ao bem-estar e cuidado com a saúde.
Ela lembra que os programas de controle de doenças (zoonoses) são realizados por meio de monitoramento e manejo do animal, o que significa que o CCZ não é o responsável pela castração de animais saudáveis que tenham residência e cujo proprietário tenha condições de arcar com os valores do serviço veterinário.
“A castração feita no Centro de Zoonoses é para animais vadios, chamados de animais de rua, que podem transmitir doenças que atingem a população humana”, reforça Ellen. Segundo ela, a proposta é fazer a castração de animais adotados por pessoas de baixa renda mediante apresentação do Número de Identificação Social (NIS). “Muitos proprietários se aproveitam do serviço oferecido gratuitamente tomando o lugar de quem não pode levar seu animal de estimação numa clínica veterinária particular”, reforça.
Ellen Gleicer lembra também que o CCZ não é abrigo para animais de ruas saudáveis e sim uma instituição pública que atua na prevenção e no controle de doenças causadas por animais (zoonoses). “A nossa missão é executar programas de controle e de combate de doenças causadas por animais ao homem, o que pode se transformar num grande problema de saúde pública”, afirma.
O CCZ funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às16h30min, no bairro do Antique. Está aberto ao público para receber quaisquer denúncias relacionadas a animais por meio do telefone (73) 3212- 3439.
Nenhum comentário:
Postar um comentário