Kanu é símbolo de uma das piores temporadas da história do Botafogo
Foto: Ofotográfico / Agência O Globo
Bruno Marinho
O Botafogo está na Segunda Divisão. Sob forte chuva, não se entregou ao que parecia inevitável. Lutou até o fim, foi melhor do que o Sport na maior parte do jogo, mas também castigado com um gol de pênalti de Maidana ainda no primeiro tempo: perdeu por 1 a 0.
Os mais poéticos diriam que o temporal era na verdade as lágrimas dos ídolos alvinegros no céu — Nilton Santos, Garrincha, Didi, Heleno —, diante do terceiro rebaixamento a macular a história tão bonita escrita por eles. Ou então ficariam em silêncio porque a queda deste ano tem a melancolia do não dito, do futebol sem torcida.
Faltou tudo para o Botafogo na temporada, menos disposição na partida derradeira. A equipe começou pressionando, viu o Sport aparecer no ataque esporadicamente até que a bola chutada no gol bateu no braço de Romildo na grande área. Aos 23 minutos de jogo, Maidana cobrou o pênalti com correção.
O resultado traz um pouco de alívio para o Sport de Jair Ventura, técnico formado no Alvinegro, filho de Jairzinho, um dos maiores jogadores da história do clube, que evitou a queda do clube em 2016, mas não na noite desta sexta. Depois de abrir o placar, armou a retranca total e seguiu nela até o fim.
O Botafogo caiu com Kalou em campo, o que não deixa de ser emblemático. Honda, o outro medalhão de uma temporada inglória, abandonou o barco bem antes do fim. São dois símbolos de um time que precisa se reconstruir para voltar a brilhar. https://extra.globo.com/esporte/botafogo
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