Foto: Reprodução / Flickr Palácio do Planalto
O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta quinta-feira (28) que vai exonerar o chefe da Assessoria Parlamentar da Vice-Presidência da República, Ricardo Roesch Morato Filho, depois que o site "O Antagonista" revelou mensagens do servidor conversando com o chefe de gabinete de um deputado federal sobre as articulações em curso no Congresso para um eventual impeachment de Jair Bolsonaro. Segundo Mourão, o assessor agiu sem o seu consentimento.
Segundo o Globo, o auxiliar negou ter sido o autor das mensagens e alegou que teve o celular hackeado, mas ele não acreditou na versão. Mourão informou que a exoneração será publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União.
"Agiu sem meu consentimento e contra minhas determinações. Será exonerado", escreveu o vice-presidente, por volta das 16h50. "(O assessor) Está negando com o argumento de que o celular foi hackeado, o que para mim não é verdade", disse Mourão ao jornal.
Mais cedo, a assessoria de comunicação da Vice-Presidência havia divulgado nota rebatendo a matéria de "O Antagonista", publicada pela manhã. O novo posicionamento de Mourão ocorreu depois de o site divulgar reproduções da troca de mensagens de Ricardo Roesch Morato Filho com o assessor de um deputado.
A nota dizia que o vice-presidente "repudia a inverdade de toda a narrava e afirma que ninguém de sua equipe teve, tem ou terá este tipo de comportamento". "Se assim agir, será considerado desleal. Isso parece ser mais uma jogada para buscar turvar as relações do Vice-Presidente com o Presidente da República", acrescentou a assessoria.
O texto também reproduzia uma declaração de Mourão, que é general da reserva do Exército: "... Na profissão que exerci por 46 anos a lealdade é uma virtude que não se negocia". Mais em https://www.bahianoticias.com.br/noticia/256181-mourao-diz-que-demitira-assessor-que-teria-procurado-deputados-em-seu-nome.html
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