O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (30) que o Brasil comprará a vacina da Rússia, a Sputnik V, caso o imunizante seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foto: Sputnik V/Divulgação
A Bahia tem acordo com os russos para distribuir e comercializar 50 milhões de doses da vacina no Brasil, por meio da estatal Bahiafarma. Do total, o estado tem disponíveis 10 milhões de doses prontas para receber, mas necessita de aprovação da Anvisa para usá-la emergencialmente, o que não aconteceu.
Com isso, o governo baiano ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir autorização para aplicar o imunizante no país. O estado questiona o artigo 16 de uma medida provisória que permite a compra de vacinas não validadas pela Anvisa, mas apenas se elas tiverem recebido permissão das agências dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão, da China ou do Reino Unido.
O presidente disse aguardar que a Anvisa dê aval sobre a eficácia e segurança da Sputnik V. “[Tem] um cheque de R$ 20 bilhões assinado para comprar os imunizantes só precisamos da aprovação. Se a Anvisa aprovar, compraremos a Sputnik”, disse Bolsonaro.
O governador da Bahia, Rui Costa, tem criticado as exigências da agência reguladora para liberar a vacina. Em entrevista na quarta-feira (27) ao “Isso é Bahia”, programa da rádio A TARDE FM em parceria com o Isso é Bahia, o petista afirmou que a Anvisa não tem priorizado vidas e atende a interesses corporativos.
A Anvisa entregou na segunda-feira (25) as informações solicitadas pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o pedido de uso emergencial da Sputnik V.
Lewandowski também concedeu prazo de 5 dias para que a União Química, laboratório responsável por produzir a vacina no Brasil, apresente quais medidas tomou e quais estão pendentes dentro da exigências feitas pela Anvisa para liberar a vacina.
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