Foto: Reprodução / Governo Federal
O ex-diretor da Anvisa, Ricardo Oliva, cedeu entrevista para a CNN Brasil neste sábado (30) e comentou sobre a imunização contra o novo coronavírus (Covid-19) no país. Para o ex-titular do órgão, a vacinação demorou para começar por falta de planejamento do governo federal. E, só depois da pressão para o registro de uso emergencial, o Brasil começou a agir.
Segundo Oliva, agora, o governo começa a encontrar uma direção para a imunização acontecer de forma melhor coordenada em todo o território. “Em dezembro e janeiro, o governo federal falava que era melhor tratar com uma medicação ineficiente do que vacinar, porque imunizar a população era muito caro. Nós começamos a organizar efetivamente o programa de vacinação somente a partir do momento em que o governo foi pressionado a registrar emergencialmente as vacinas disponíveis. Esta confusão leva a uma dificuldade de compreensão da população e cada um decide por si, no final das contas”, afirma.
"Graças a Deus nós estamos dando um eixo. A princípio, todos os idosos com mais de 90 anos vão ter acesso", disse. “Em novembro, o noticiário dizia que os Estados Unidos já tinham acordos para comprar cinco doses de vacina por habitante. O Canadá tinha dez", disse Oliva, comparando a situação com a do Brasil e ressaltando que já no ano passado outros países já haviam garantido doses para vacinar a população.
“Aqui, ainda nesta semana, o governo ficou na dúvida se comprava ou não mais doses. É preciso criar prioridades e estabelecer um projeto a nível nacional", disse.
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