Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
A taxa de desocupação, que indica a quantidade de pessoas em busca de emprego em relação às que antes tinham trabalho, cresceu novamente na Bahia e se manteve a maior do país em setembro. O percentual, que havia sido de 18,1% em agosto, atingiu 19,6% no mês seguinte, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que 1,213 milhão de baianos tentaram encontrar emprego, mas não conseguiram naquele período.
O número de desocupados cresceu mesmo com o aumento do quantitativo de pessoas trabalhando em setembro, a primeira alta significativa desde maio. De acordo com o IBGE, isso se explica porque o crescimento da população ocupada, ou seja, trabalhando (+93 mil), foi inferior à elevação no efetivo de pessoas desocupadas, aquelas que procuraram trabalho e não encontraram.
Assim como já havia ocorrido no mês anterior, na passagem de agosto para setembro, a Bahia teve o maior aumento absoluto do país no número de pessoas procurando trabalho. Segundo o IBGE, este grupo cresceu 12,5%, saltando de de 1,078 milhão para 1,213 milhão - em 30 dias, mais 135 mil pessoas passaram a viver nesta situação na Bahia.
O contínuo aumento no número de pessoas desocupadas tem relação com a nova queda registrada no percentual pessoas que não estavam empregadas, queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por causa da pandemia ou por não haver oportunidades onde viviam.
Pela primeira vez desde maio, esse grupo, cuja busca por trabalho é impactada diretamente pela Covid-19, ficou abaixo dos 2 milhões na Bahia. Chegou a 1,891 milhão de pessoas em setembro, numa redução de 12,5% em relação a agosto, o que representou menos 270 mil pessoas nessa situação, em um mês.
Ainda assim, o contingente se manteve como segundo maior do país, abaixo apenas de São Paulo, onde 2,640 milhões de pessoas queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar por causas relacionadas à pandemia.
Em setembro, o número de pessoas trabalhando (população ocupada) teve o primeiro crescimento estatisticamente significativo desde maio. Passou de 4,887 milhões em agosto para 4,973 milhões no mês passado, alta de 1,9%, o equivalente a mais 93 mil pessoas empregadas.
Esse aumento absoluto foi o segundo maior entre os estados, abaixo apenas do verificado em São Paulo, onde a população ocupada cresceu em 130 mil pessoas de agosto para setembro.
Com um número maior de pessoas trabalhando, a taxa de ocupação (percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade que trabalham) voltou a crescer na Bahia e chegou a 41,4% em setembro. Apesar da melhora, o indicador ainda não atingiu o patamar de maio (42,9%), quando a população empregada no estado era de 5,1 milhões.
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