Imagem aérea de queimada em Rondônia | Foto Bruno Kelly/Amazônia Real
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (20) a investidores internacionais que o Brasil tem sido “mal interpretado” ao redor do mundo na questão ambiental.
Questionado sobre as queimadas na Amazônia, que agravaram a situação de fuga recorde de capital estrangeiro do país neste ano, o ministro afirmou que o Brasil é “verde” e defendeu a necessidade de se reavaliar iniciativas econômicas envolvendo a floresta.
"Nossa bandeira é verde e amarela, somos verdes, temos as matrizes energéticas mais verdes do mundo", declarou o ministro, segundo o G1.
"Temos um problema enorme [de controle da região] porque é um território maior que a Europa. Tentamos arrumar ajuda para melhorar o problema, mas fica a impressão que estamos oprimindo índios. Não é justo com o Brasil', afirmou.
Guedes, então, afirma que gostaria de transformar a Amazônia em um "paraíso de biodiversidade". "Os americanos transformaram o deserto de Nevada na capital do entretenimento, temos que transformar Manaus na capital de economia verde", disse.
"Podemos fazer isso, é uma questão de incentivo. Vamos fazer politicas para preservar e transformar a região. O que fazemos hoje é subsidiar plantas fabris para povoar a floresta. Isso não está certo. É um grande erro, mas não podemos removê-los de lá."
Ele ainda defendeu que investidores internacionais não deveriam retirar capital no país e que aguardassem os efeitos das reformas estruturais que o governo promete levar a cabo em 2021. "Será um grande erro não investir no Brasil", disse.
Guedes negou que vá haver aumento da carga tributária no país, pois, segundo ele, ocorrerá apenas um remanejamento de impostos “inadequados”. "Não vamos aumentar impostos, e vamos reduzir juros corporativos. Nos Estados Unidos, derruba-se os impostos de empresas enquanto se taxa dividendos. Aqui, paga-se zero em dividendos e isso não é razoável", disse Guedes.
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