O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou nesta terça-feira (14) que todos os envolvidos na queda do avião ucraniano derrubado acidentalmente por um míssil do exército iraniano serão “castigados”. Várias pessoas foram presas. G1
Rohani disse que a tragédia não foi provocada apenas pela pessoa que “puxou o gatilho” e, por isso, as autoridades envolvidas também serão responsabilizadas. “As forças armadas iranianas admitirem seu erro são um bom primeiro passo. Devemos garantir às pessoas que isso não acontecerá novamente”, declarou.
O porta-voz do sistema judiciário do país, Gholamhossein Esmaili, informou que “várias pessoas” foram presas durante a investigação da tragédia, mas não deu detalhes.
A aeronave decolou de Teerã e seguia para Kiev, na Ucrânia, com 176 pessoas quando caiu. Ninguém sobreviveu.
A tragédia colocou o governo do Irã sob pressão. No sábado (11), o governo iraniano assumiu que a aeronave foi derrubada por engano. Desde então, os iranianos saem às ruas para protestar.
Na segunda-feira, manifestantes disseram que a polícia atirou para conter aglomerações, mas as autoridades negam.
Em imagens de protestos anteriores, se veem pessoas cantando slogans contra o líder supremo do país, poças de sangue nas ruas e disparos de tiros.
Vídeos publicados em redes sociais no domingo (12) à noite mostram tiros na região da praça de Azadi, em Teerã.
Pessoas feridas foram carregadas, e encarregados de segurança foram vistos com rifles. Outras publicações mostram o batalhão de choque atacando manifestantes com cassetetes, enquanto as pessoas por perto gritam para que eles não façam isso.
Entre os vídeos que circulam nas redes sociais, há alguns que mostram manifestantes gritando “morte ao ditador”, em uma referência ao aitolá Ali Khamenei.
O presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu, em uma rede social, uma mensagem dizendo para o Irã não matar manifestantes. *G1
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