Por: Só Notícia Boa
Uma nova terapia biológica para tratamento do câncer de mama HER2 positivo foi aprovada esta semana pelo FDA, agência dos Estados Unidos que controla alimentos e medicamentos.
A droga chamada trastuzumabe deruxtecan está sendo testada em pacientes americanos e também brasileiros, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, todos acompanhados pela Sociedade Brasileira de Mastologia.
O coordenador do Serviço de Mastologia e da Pesquisa Clínica do Hospital Conceição e diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia, José Luiz Pedrini, diz que o medicamento é uma nova esperança para ajudar mulheres que têm o retorno da doença, após esgotar vários tratamentos sem sucesso em câncer de mama HER2 positivo metastático.
Ele afirma que a droga possibilita que as mulheres fiquem em condições físicas e psíquicas para manter um relacionamento social estabilizado.
“Esta é uma terapia biológica, que combina um anticorpo – espécie de vacina- com um quimioterápico dirigido à célula tumoral e com efeitos colaterais bem controlados, deixando uma qualidade de vida mais aceitável”, explica o pesquisador.
O médico explica que na maioria das pacientes não houve grande perda dos cabelos e os sintomas foram amenizados.
“Algumas já tinham feito mais de oito tipos diferentes de tratamentos químicos com recaídas e agora com esse medicamento houve redução de até 60% da doença. Os resultados mostram que esse tratamento respondeu melhor e é menos tóxico”, completa Pedrini.
Nesta fase do estudo, estão sendo colocados pacientes que tiveram progressão da doença mesmo após esgotados os tratamentos iniciais para câncer de mama metastático HER2 positivo, um tipo de tumor que costuma ser mais agressivo, ou seja, crescem e se disseminam mais rapidamente do que outros tipos de câncer e devem ser tratados com medicamentos específicos.
Atualmente, são tratados através da terapia-alvo, que atinge somente a célula tumoral, minimizando os efeitos tóxicos ao restante do organismo.
No Brasil
De acordo com o portal da Sociedade Brasileira de Mastologia, em breve, a droga deverá ser aprovada pela Anvisa, Agência de Vigilância Sanitária e poderá ser utilizada em pacientes brasileiras.
Com informações da SBM
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