Por: Julia Dolce*Fonte: A Pública
Pesquisador do Imazon avalia que “são paliativas” ações do governo contra queimadas; entre 2012 e 2018, a taxa de desmatamento na região aumentou 71%
Primeiro vem a retirada da cobertura vegetal. Depois, é aceso o fogo para limpar o solo e deixá-lo pronto para o pasto. Essas chamas frequentemente extravasam as áreas de produção, mas o que faz com que a fauna e a flora amazônica se reduzam às cinzas; no entanto, é outro processo econômico envolvendo o desmatamento: a extração de madeira em florestas nativas. O processo deixa troncos e galhos secos no solo, além de expandir a entrada de luz solar entre as copas das árvores. Com isso, o bioma fica mais seco do que o normal e mais propenso a queimar. Associadas ao aquecimento global — que também é estimulado pelo desmatamento —, as secas naturais da Amazônia se tornam mais intensas.
Segundo Paulo Barreto, pesquisador sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), essa é a receita para os incêndios amazônicos dos últimos meses. O pesquisador recebeu a reportagem da Agência Pública em seu escritório em Belém do Pará para explicar a tendência de aumento do desmatamento no país desde 2012 e quais os fatores reais por trás dos queimadas. Para ele, a disputa de narrativas e a “briga com os dados” protagonizada por Bolsonaro “não vão colar”. “Todo mundo monitora, as pessoas têm acesso aos dados”, afirma. Leia mais em https://amazonia.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário