Foto: Reprodução / G1
G1 / GLOBO - A enfermeira e mãe, Dorilene Lima, de 38 anos, que ao longo de dois anos, doou cerca de 120 litros de leite humano, em Macapá. A doação veio após o parto de Pedro Guilherme, que nasceu prematuro, descobriu ter "hiperlactação", que é quando há um descompasso entre a produção de leite e a demanda do bebê.
Ela diz que retirava entre 25 e 30 potes de 300 ml por semana, sendo um a cada três horas, que serviram para alimentar centenas de crianças cadastradas no Banco de Leite Humano da cidade.
"Só no primeiro mês de amamentação foram cerca de 12 litros de leite. Meu bebê tinha dificuldade de amamentar. Ele consumia entre 3 ml e 5 ml, enquanto eu produzia até 30 ml por retirada, de cada mama", contou.
Pedro Guilherme é o seu primeiro e único filho, hoje com 2 anos. Dorilene teve um parto prematuro, de 35 semanas. Apesar de ter enfrentado risco de morrer durante a gravidez, ela conta orgulhosa que nunca precisou ficar internada na Unidade Intensiva de Tratamento (UTI) e agradece a cada momento ao lado do filho.
"A gravidez foi problemática. Além de ter enfrentado problemas com a perda do líquido amniótico [fluido que envolve o embrião] e edemas. Quando o Pedro nasceu, ainda teve parada cardíaca de 20 minutos e ficou entubado, ele não mamava e eu não parava de produzir leite", lembra.
O bebê permaneceu 9 dias na UTI do Hospital da Mulher Mãe Luzia, sob os cuidados da equipe médica e os olhos atenciosos da mãe, que explica que também contou com a fé para buscar consolo e pedir pela saúde do filho até receber alta.
Mesmo com desafios que Dorilene enfrentou na gravidez, ela ainda pensa em ter mais filhos e atualmente está engajada na causa da doação de leite materno. Ela deu palestras no Dia Internacional da Doação de Leite Materno, celebrado no dia 19 de maio, contanto a sua experiência e trabalha no posto de coleta no Hospital de Santana, cidade a 17 quilômetros de Macapá.
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