Foto: Barriga Notícias
O empresário William Oliveira Silva, 28 anos, morto após levar dois tiros no peito, disparados pelo digital influencer Iuri Sheik, 31, será lembrado pelos familiares e amigos como uma pessoa de alegre e de sorriso largo. O enterro do corpo dele será às 14h de quinta-feira (27), no cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
William morreu na manhã desta quarta-feira (26), no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, para onde foi levado quando foi atingido na noite de domingo (23). Ele chegou a passar por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos antes de passar pela segunda. O G1 informa tudo.
O empresário deixa três filhas: uma de 10 anos, uma de 8 e a mais nova, que nasceu há 40 dias. William morava com a mãe, Nélia Vieira. Emocionada, ela disse que ainda não sabe como vai falar com as netas sobre o assassinato do pai.
“Quero justiça. Eu quero que não caia no esquecimento. Ele era pai de três meninas, e uma das meninas não vai conhecer o pai. As outras maiores eu não sei como vou falar com elas. A do meio é louca por ele”, disse dona Nélia, chorando.
As lembranças pela morte de William também tocam os amigos e antigos sócios. O empresário Roque Brito, com quem a vítima dividiu a sociedade na banda de pagode Black Style até o mês de maio, guarda fotos no celular de um dos últimos encontros com o amigo.
Roque lembra que, durante os dois anos em que Will participou da sociedade, foram muitas noites trabalhando e curtindo juntos. Mesmo depois do fim da parceria de negócios, ficou a amizade.
“Will era uma pessoa maravilhosa. Um cara bacana, que chegou para somar. Não deu para a gente dar continuidade [à sociedade] devido a alguns fatores, mas ele sempre esteve presente e é uma pessoa que sempre foi pelo certo. Uma pessoa correta”, lembra Roque.
No dia do crime, testemunhas contaram à polícia que já havia uma espécie de rivalidade entre William e Iuri Sheik. Essa rixa foi confirmada por Roque.
“Teve uma vez que ele me falou que se encontrou em uma festa na Fonte Nova. Eles se encontraram lá e Iuri falou alguma coisa para ele que ele não gostou, mas que deu as costas. Um não gostava do outro. Por qual motivo, eu não sei explicar”, disse.
Os amigos de William contam ainda que ele estava deixando ir a festas por conta do nascimento da filha caçula. A exceção que ele abriu foi o São João, que resolveu curtir em Santo Antônio de Jesus.
O atual vocalista da banda Black Style, Kauan Brito, conviveu por quase um ano com o empresário e lembra dele como uma pessoa alegre, que estava sempre rodeada de amigos. “Eu estou sem palavras para dizer, porque ele era um cara massa demais. Um cara muito especial. Brincava muito com a gente, era muito parceiro”.
O corpo de William foi liberado do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus na tarde desta quarta-feira (26). Ele chegou ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade por volta das 17h.
Do DPT houve uma demora para a liberação do corpo, que era aguardada pela família. Segundo a polícia, o atraso foi porque havia uma bala alojada no peito de William, que precisava ser retirada porque serve como prova do crime.
A família da vítima fez o traslado do corpo ainda nesta noite. Ele será velado durante toda a madrugada já no Cemitério Bosque da Paz, onde será enterrado às 14h de quinta.
O delegado Edilson Magalhães, titular da Coordenadoria Regional de Polícia de Santo Antônio de Jesus, responsável por investigar o caso, disse que nove testemunhas já foram ouvidas e que o caso já está quase fechado.
“Para a Polícia Civil, o caso já está praticamente concluído, mas todos têm direito de defesa, então a gente vai ouvi-lo para ver o que realmente motivou e se tem mais elementos que a gente possa acrescentar no inquérito. Nós temos 30 dias para concluir e pode ser prorrogável por mais 30, mas a gente acredita que vai concluir antes do prazo, diante de tantas provas e tantas testemunhas que já foram juntadas no inquérito”, avaliou.
O delegado deve ouvir Iuri Sheik até o início de julho, já no Presídio da Mata Escura, para onde ele foi levado no final da tarde desta quarta, após se apresentar na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). (G1)
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