O papa Francisco excomungou nesta quarta-feira (20/2) o padre goiano Jean Rogers Rodrigo de Sousa, conhecido como José Maria, por ser suspeito de cometer abuso sexual contra ex-freiras e ex-noviças. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (21/2).
Com a decisão, o religioso deixará de ser padre, 19 anos depois de ter sido ordenado sacerdote. Ele é acusado de estuprar e molestar pelo menos 11 mulheres ligadas à organização que fundou, Fraternidade Arca de Maria. Atualmente ele não tem mais ligação com a instituição.
A medida é a punição mais grave que a Igreja Católica pode impor a um membro do clero e encerra uma investigação canônica contra Sousa, que havia sido transferido para o Paraguai.
Em comunicado, o monsenhor Guillermo Steckling, responsável pela Diocese de Ciudad del Este, afirma que o sacerdote “foi dispensado de suas obrigações clericais” pelo Pontífice. Sousa já havia sido suspenso de cerimônias e proibido de usar seu hábito até o fim da investigação. Em setembro passado, em entrevista à “Folha de S. Paulo”, ele negou as acusações e afirmou ser alvo de calúnia.
A decisão foi tomada em um momento em que Jorge Bergoglio debate no Vaticano os casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero que têm abalado a Igreja Católica nos últimos meses. G1
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