Foto: Cristiano Mariz/Veja
Depois de 15 anos, a desigualdade no Brasil parou de diminuir, segundo relatório da organização não-governamental Oxfam publicado nesta segunda-feira, 26.
O país, com isso, piorou sua posição no ranking global de desigualdade. Agora, é o nono pior. Segundo a Oxfam, “o Brasil, pela primeira vez durante anos, vê sua distribuição de renda estacionar.
A pobreza no país recrudesceu e teve fim a dinâmica de convergência entre a renda de mulheres e homens – o primeiro recuo em 23 anos”. Isso, segundo a ONG, fez o índice Gini, ficar inalterado em 0,549 entre os anos de 2016 e 2017.
Isso “contrasta com os 15 anos anteriores nos quais sempre houve alguma queda em relação ao ano anterior”, diz o relatório. “Considerando somente a população maior de 20 anos com algum rendimento, fica evidente que a base da pirâmide perdeu mais, com destaque para o decil mais pobre. No caso dos rendimentos de todos os trabalhos, a perda entre 2016 e 2017 foi de mais de 11% para os 10% mais pobres, caindo para 9% quando considerados todos os decis de rendimentos”, explica a Oxfam.
Já “os 10% de brasileiros mais ricos com alguma renda viram um crescimento de quase 6% em seus rendimentos do trabalho, e de 2% se considerados todas as rendas no mesmo período”, destaca. O relatório, que recebeu o nome de “País Estagnado”, ressalta que o Brasil parou na 79ª posição, entre 2016 e 2017, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas.
Segundo a ONG, a piora da renda do brasileiro foi o que mais pesou para isso. Este é apenas o segundo ano de publicação do relatório.
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