Bernardo Barbosa*Do UOL, em São Paulo
O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira chega ao diretório do PT em SP em foto de 2016
O juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, condenou nesta segunda-feira (14) um total de 13 pessoas por envolvimento em um esquema que movimentou R$ 20 milhões em propinas ligadas à licitação para a ampliação do Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello), da Petrobras, no Rio de Janeiro. As obras custaram mais de R$ 1 bilhão.
Entre os alvos da sentença estão Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras, Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, e o operador Adir Assad. Também foram condenados executivos das construtoras Construbase, Construcap e Schahin Engenharia. As defesas foram contatadas pela reportagem, que aguarda resposta dos advogados.
Com João Vaccari Neto e Delúbio Soares, Ferreira é o terceiro secretário financeiro do partido na mira dos investigadores da Lava Jato. Ele, que também foi deputado federal, ocupou o cargo de tesoureiro do PT entre 2005 e 2010, antes de Vaccari.
Ao denunciar o caso, a força-tarefa da Operação Lava Jato no MPF-PR (Ministério Público Federal no Paraná) fez acusações contra 14 pessoas pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, cometidos separadamente ou em conjunto. Apenas uma foi absolvida por Moro: Erasto Messias da Silva Júnior, da construtora Construcap, por falta de provas.
Os outros condenados são:
Agenor Franklin Magalhães Medeiros, ex-executivo da OAS
Alexandre Correa de Oliveira Romano, operador de propinas
Edison Freire Coutinho, ex-executivo da Schahin Engenharia
José Antônio Marsílio Schwartz, ex-executivo da Schahin Engenharia
Genésio Schiavinato Júnior, ex-executivo da Construbase
Roberto Ribeiro Capobianco, ex-executivo da Construcap
Ricardo Pernambuco Backheuser, ex-executivo da Carioca Engenharia
Roberto Trombeta, operador de propinas
Rodrigo Morales, operador de propinas
A maioria dos réus condenados recebeu benefícios para o cumprimento da pena por ter colaborado com o processo, como no caso de Léo Pinheiro e Renato Duque, ou por ter assinado acordo de delação premiada, como aconteceu com a maioria dos executivos das construtoras. Leia mais em: https://noticias.bol.uol.com.br
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