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quarta-feira, 2 de maio de 2018

Militares brasileiros ficam feridos durante ataque a missão de paz na África

Do UOL, no Rio
SABER JENDOUBI / AFP
Militares da ONU na cidade de Bria, no interior da República Centro-Africana
Dois oficiais das Forças Armadas brasileiras vinculados a uma missão de paz da ONU foram feridos quando o carro em que viajavam foi atacado nesta terça-feira (1º) por uma multidão na capital da República Centro-Africana.

A capital Bangui vive uma onda de violência generalizada após um atentado a tiros que deixou ao menos 15 mortos em uma igreja nesta terça.

As vítimas são um oficial do Exército e uma da Marinha, segundo fontes do Exército disseram ao UOL. O carro teria sido atacado a pedradas, mas a dupla conseguiu escapar.

O militar do Exército sofreu ferimentos na cabeça e foi transferido para Uganda para receber um tratamento médico mais completo. A oficial da Marinha estaria se recuperando na própria República Centro-Africana.

Ainda não está claro o motivo do ataque e quem o realizou. A dupla trabalhava na Minusca, a missão de paz da ONU na República Centro-Africana.

Nesta terça-feira, 15 pessoas foram mortas em um ataque a tiros em uma igreja próxima do bairro PK5, um enclave muçulmano em uma cidade de maioria cristã. Uma mesquita muçulmana também teria sido atacada, mas não há informações sobre vítimas.

Grupos cristãos conhecidos como Anti-balaka disputam o poder no país com milícias muçulmanas chamadas de ex-Seleka.

Os brasileiros não estariam no local do atentado na igreja, mas teriam sido pegos em reflexos de uma onda de violência que se espalhou pela cidade após as mortes.

Procurado pelo UOL, o Ministério da Defesa disse estar a par do caso, mas não se manifestou até o fechamento desta reportagem. O Ministério das Relações Exteriores disse que se manifestaria na quarta-feira (2).

No início de abril, o governo brasileiro recusou um pedido da ONU para enviar um batalhão com 750 militares para participar da missão de paz e tentar frear a onda de violência que assola o país. O convite foi negado devido à falta de verbas.

Os militares vítimas da multidão já participavam da missão de paz no país antes de a ONU solicitar ao Brasil o envio de tropas.

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