por Ricardo Brandt | Estadão Conteúdo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava Jato, recebeu nesta quinta-feira (3) a visita de dois amigos, o ex-governador da Bahia, e possível plano B na corrida ao Planalto do PT, Jaques Wagner; e a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann. Os dois estiveram com o petista durante uma hora na "cela" especial reservada para ele na sede da Polícia Federal em Curitiba - o berço da Lava Jato -, no final da tarde. Por um acordo entre a família, a defesa e a PF, ficou ajustado que nas quintas-feiras, dia reservado para as visitas de família, a hora final poderá ser usada para visitas de amigos autorizadas pelo ex-presidente. Segundo Gleisi, o ex-presidente disse a ela que está "desconjurado com a situação" de seu isolamento no cárcere da Lava Jato. Gleisi foi a primeira a ver Lula. Pelo acordo, cada amigo visita o petista individualmente e divide o tempo de forma igual. Jaques Wagner, o segundo a visitar o petista, disse a jornalistas na saída da PF que Lula está "extremamente indignado com a injustiça praticada contra ele". "A esperança dos brasileiros está enjaulada num quarto aqui na Polícia Federal", disse o ex-governador da Bahia, cotado como possível substituto do ex-presidente para as eleições presidenciais. Jaques, que provocou protestos de petistas na última terça-feira, 1, ao falar sobre alternativas caso Lula não consiga disputar a eleição, minimizou hoje a polêmica. "Vamos com ele (Lula) até o final da linha". Questionado por jornalistas sobre as conversas com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, Gleisi interferiu e disse que "Ciro não é a pauta do PT, nem foi da conversa (com Lula)".
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