por Fernando Duarte**Foto: Montagem/ Bahia Notícias
A pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (31) foi desalentadora. Não do ponto de vista político-partidário. Essa parte cabe aos apaixonados defensores dos potenciais candidatos. O levantamento, na verdade, confirmou algo que há tempos se sabe: falta renovação política no Brasil. Os cenários propostos pelo Datafolha são reais. Trazem os nomes que possivelmente devem ser apresentados pelos partidos. Trazem desde um ex-presidente condenado que tenta voltar ao poder, Luiz Inácio Lula da Silva, até um fanático que incorporou o espírito de “mito” para parcela expressiva da população, Jair Bolsonaro. A pesquisa simula até nomes novos, a exemplo do empresário João Amoedo e do apresentador Luciano Huck que, essencialmente, só são novos na política, pois representam certo grau de conservadorismo do ponto de vista social, ainda que preguem liberalismo em outras áreas. O que não há é algo essencialmente novo, em que se possa acreditar como um elemento transformador de um país mergulhado em sucessivas crises. E, por favor, não se quer nenhum “caçador de marajás”. Essa questão vale também para estados e municípios. Quantos políticos são eleitos por herança, não necessariamente por competência ou por propostas? Urge a necessidade de renovação de nomes e de proposições para que haja igualdade social, segurança pública, saúde, educação e tudo mais que uma sociedade avançada precisa ter. Não adianta pegar velhos nomes, dá-los uma roupagem de “novos” e fingir que reside aí algum tipo de representatividade dos anseios e desejos da população. Pergunte aos milhares de baianos que madrugaram na fila ou que enfrentaram problemas para ser biometrizados até ontem o que eles desejavam. Para além de sair da fila, essas pessoas acreditam – ou deveriam acreditar – que aquela promessa de “país do futuro” tem algum sentido. Até porque, por enquanto, a eleição para presidente em 2018 está resumida numa expressão bem popular: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
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