Dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deram uma forte pancada nas pretensões políticas do ex-presidente Lula. O ministro Alexandre de Moraes definiu com seu voto que as decisões de um colegiado de segunda instância têm caráter definitivo – a presidente da Corte, ministra Cármem Lúcia, já havia declarado que não colocaria em pauta a discussão sobre o tema, pretensão de alguns componentes do tribunal sobre uma possibilidade de mudança dos votos que haviam dado anteriormente – e também com a entrevista do ministro Luiz Fux, que tomou posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmando que político condenado em segunda instância não poderá concorrer nem mesmo com uma liminar da Justiça.
Ele foi claro ao declarar nas eleições deste ano não haverá a participação de nenhum candidato ficha-suja. Luiz Fux foi enfático: “O ordenamento jurídico brasileiro é claro quando estabelece que o candidato enquadrado na Lei da Ficha Limpa é inelegível”.
O fato de Lula não poder sequer ser candidato muda todo o cenário da sucessão presidencial. No próprio PT há grupos defendendo nomes diferentes para ser o candidato do partido. Uns querem que seja o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, enquanto outros querem que o candidato seja o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner.
Com o eleitorado bastante aborrecido com os casos de políticos envolvidos em casos de corrupção, em especial revelados pela Operação Lava-Jato, há uma forte tendência de repúdio aos nomes que estão sempre concorrendo. Há quem diga que estes políticos parecem aquele lixo das praias que saem da vista quando a maré baixa e retornam nas marés altas.
Por causa disso, o ex-presidente Henrique Cardoso deu um recado ontem que pode ser interpretado como um “passa fora” no pré-candidato Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, afirmando que vê com bons olhos o nome do apresentador de TV Luciano Huck, que disse em novembro último que não querer concorrer à Presidência da República, mas que pode ter sido um recuo tático para sair do foco dos adversários.
Segundo FHC, Huck não faz parte do mundo político atual, tem muita popularidade e tem histórico de ações de forte cunho social, com o que será bastante leve para ser levado ao eleitorado. Este ano a campanha será cheia de novidades. por Airton Leitão
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