Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, criticou a atenção que Ministério Público e Polícia Federal têm dado no combate à corrupção. Durante encontro promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), o peemedebista disse que a PF tem falhado na fiscalização das fronteiras e, consequentemente, facilita o ingresso de armas e drogas destinadas a facções criminosas. "A segurança pública é uma questão que tem se tornado mais grave até porque o país, nos últimos, fez opção pelo combate à corrupção no lugar de combater bandido. Essa é a realidade", disse o ministro. Segundo ele, as operações contra corrupção são necessárias e até mudaram o Brasil, mas não devem ser tratadas por caráter de excepcionalidade. Marun acredita que a realidade leva a uma dificuldade territorial, como o Estado brasileiro perder na guerra contra o crime organizado. "O Brasil vive uma guerra, não é uma guerra que possa ser combatida. Não temos leis, não reconhecemos estado de guerra. Não adotamos nesse combate leis de guerra, mas que é guerra é guerra. O armamento é de guerra, existe ocupação de território, estabelecimento de outras leis nos territórios ocupados pelo crime. É um estado de guerra", acrescentou. Na discussão, Marun também defendeu mudanças no indulto natalino feitas no final do ano passado pelo presidente Michel Temer sob contestação no Supremo Tribunal Federal. "Estamos com nossas prisões botando gente pelo ladrão. Faz-se o indulto e se passa de 25% para 20% o tempo mínimo de cumprimento da pena para que possa haver o indulto. Aí a casa cai. 'Isso é pra Lava Jato'. Não consegui ver nome de ninguém da Lava Jato que seria solto com esse indulto. Aí se estabelece essa grande confusão em função de uma decisão técnica que vinha no sentido de fazer com que aquele condenado por crime não violento, que não havia sido cooptado por uma criminalidade mais gravosa, saísse, vira case nacional", avaliou. Marun aproveitou a ocasião para criticar o Código Penal Brasileiro, considerado "patrimonialista" e defendeu que seja enviado para a cadeia os criminosos que atentarem contra a vida. "O governo não pode assumir para si a responsabilidade da segurança pública do país, nem pode transformar as Forças Armadas em forças de intervenção rápida em relação ao crime. Forças Armadas têm de atuar onde existe o descontrole", finalizou.
TN: Falou o rei da sabedoria - Marun, só faltava essa agora ! Procura o que fazer cidadão, se é que podemos chamar assim.
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