por Daniel Batista | Estadão Conteúdo**Foto: Marcelo Braga/Globo Esporte
A Justiça de São Paulo decretou a apreensão das urnas utilizadas durante a eleição para a presidência e Conselho Deliberativo do Corinthians, realizada no último dia 3, no Parque São Jorge. O candidato derrotado, Paulo Garcia, entrou com processo alegando fraude no pleito. A ação foi contra a empresa Telemeeting Brasil LTDA, responsável pela realização da votação.
"O resultado do pleito indica manipulação eleitoral na medida em que há incongruência dos números apresentados, posto que o candidato mais votado teria eleito menos chapas que o candidato menos votado, o que demonstrar ser ilógico", disse o processo.
Segundo o processo, os candidatos convocaram técnicos para a constatação da regularidade do programa de computador que seria utilizado na eleição. Os votos geraram um código fonte do programa, que deveria ser verificado ao término do pleito. Entretanto, segundo Paulo Garcia, não só o resultado foi anunciado sem a verificação dos códigos, como, após a geração do novo código - com os dados da votação - constatou-se que o programa foi alterado.
"O Ministério Público manifestou-se favoravelmente aos pedidos, indicando eventual ocorrência de fraude e estelionato. Reiterou a urgência da medida, diante da possibilidade de deterioração ou violação do corpo de delito e a necessidade de decretação de segredo de Justiça", disse o documento.
Além disso, o programa utilizado para consolidar os votos ao final do pleito não foram os mesmos utilizados pelos candidatos para auditar o arquivo antes da eleição.
Segundo dados divulgados no dia da eleição, Andrés Sanchez foi eleito com 1.235 (33,9%) dos votos, seguido por Paulo Garcia com 834 (22,9%), Antonio Roque Citadini com 803 (22%), Felipe Ezabella com 461 (12,6%) e Romeu Tuma Junior com 278 (7,6%).
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