por Estadão Conteúdo**Foto: Reprodução / SporTV
Horas após a discussão entre o técnico Oswaldo de Oliveira e o jornalista Léo Gomide, da Rádio Inconfidência, depois do empate do Atlético Mineiro por 1 a 1 com o Atlético Acreano, pela Copa do Brasil, a diretoria do clube de Belo Horizonte anunciou uma decisão envolvendo o caso. O diretor de futebol Alexandre Gallo comunicou que o repórter está proibido de entrar na Cidade do Galo, o centro de treinamentos do Atlético-MG.
"Ele é o nosso representante e decidimos em reunião com o presidente Sergio Sette Câmara e com a diretoria que nesse momento fica vetada a entrada do Léo Gomide na Cidade do Galo, até para evitar qualquer problema futuro", afirmou Gallo, em entrevista à TV Galo, o canal de vídeos no YouTube do clube mineiro.
Na entrevista coletiva após o jogo na Arena da Floresta, Oswaldo ao ser questionado sobre qual teria sido a proposta de jogo do Atlético-MG para atacar o adversário na partida em Rio Branco, se irritou, interrompeu o questionamento e iniciou um bate-boca com o jornalista. Depois, Oswaldo ainda tentou argumentar sobre a atuação da equipe, mas terminando a resposta com novo ataque a Gomide.
A conclusão da resposta, porém, não encerrou a polêmica entre Oswaldo e o jornalista. Enquanto era questionado por outro repórter, o treinador partiu para cima de Gomide, alegando ter sido provocado, e tentou agredi-lo, além de ter disparado uma série de palavrões, precisando ser contido.
Nesta quinta-feira, Gallo assegurou que Oswaldo foi xingado por Gomide, informação que teria sido confirmada ao clube por dois jornalistas e também pelo próprio treinador. Assim, a diretoria atleticana decidiu proibir o trabalho do jornalista nas dependências da equipe.
"São duas coisas distintas, dois cenários. Primeiro é o cenário técnico, de uma partida que não foi boa, apesar da classificação. E o segundo é o do acontecimento lamentável, que não gostaríamos que tivesse acontecido. Após o Oswaldo ser xingado de forma veemente pelo repórter, até porque outros dois repórteres, da Globo do Acre e um de Belo Horizonte, nos confirmaram. A palavra do Oswaldo já valeria, porque ele tem 40 anos de futebol, é um caro sensato, que nunca teve uma reação assim", acrescentou.
Gallo, porém, garantiu que a ação não representa censura ou um rompimento com a rádio Inconfidência. "A rádio está livre, não queremos cercear nada. Queremos uma parceria, mas desde que seja saudável, que não exista um confronto, como foi no Acre", concluiu o dirigente.
Diante do incidente, Oswaldo também se pronunciou, em comunicado divulgado pela sua assessoria de imprensa. E declarou ter sido alvo da maior ofensa da sua carreira. "Ouvi o maior desaforo de toda a minha carreira do jornalista Léo Gomide (impronunciável aqui publicamente). Ouso afirmar que, proporcionalmente, nem da arquibancada havia recebido tamanho insulto, mesmo levando em conta toda a passionalidade do torcedor pelo seu clube do coração. Tenho testemunhas de tudo o que saiu da boca desse rapaz", declarou.
O treinador também pediu desculpas pelo seu comportamento, ainda que sem citar o nome do jornalista. "Tive uma reação irracional - a exemplo do repórter em questão - não condizente com a do profissional que sou e sempre fui. Peço desculpas pelo incidente de ontem ao Atlético, clube que represento, à nossa imensa e fiel Massa Atleticana, e a todos os demais profissionais da imprensa, os quais tanto respeito, tenho carinho e admiração", afirmou.
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