Ainda que medidas do governo Temer possam evitar que a taxa de desemprego atinja 14% em 2016, conforme sugeriu o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, especialistas avaliam que, mesmo com um início da recuperação da economia este ano, o nível de desocupação só deve começar a cair no segundo semestre de 2017. A taxa - que chegou a 10,9% no primeiro trimestre e já é a maior observada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua - deve ultrapassar 12,0% em 2016 e pode chegar ao pico de 13,9% em 2017, de acordo com analistas consultados pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Para os especialistas, a demora na reação do mercado de trabalho se deve a uma premissa econômica: a atividade deve avançar em um primeiro momento, para só depois haver uma geração de emprego mais sustentável. Segundo eles, este atraso ocorre porque, para as empresas, o custo de contratar ou demitir é alto. Os empresários preferem, portanto, estar seguros quanto aos rumos da economia para abrir ou fechar postos de trabalho.
"Quando a atividade econômica começar a melhorar, as empresas vão preferir fazer hora extra com seus funcionários atuais e, quando não houver mais condição de atender à demanda, terão de contratar", explica o economista Luiz Fernando Castelli, da consultoria GO Associados. Segundo suas estimativas, o ano de 2016 terminará com uma taxa de desocupação a 12%, chegando a 12,5% no segundo semestre do ano que vem e começando a cair a partir daí. LeiaAQUI
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