Rafael Fernandes - Uma empresa diz que sua “carne cultivada” causa 90% menos emissões de gases de efeito estufa do que a carne dos animais tradicionais.
A Memphis Meats, sediada em São Francisco, está confiante de que sua carne feita em laboratório pode ajudar a satisfazer nossa vontade. E não é só isso: as almôndegas realmente parecem saborosas. No início, o projeto teve milhões de dólares de investimento e de financiamento, na esperança de conseguir uma carne livre do abate – incluindo salsichas, hambúrgueres e almôndegas – previstas para entrar no mercado até o ano de 2021.
São necessárias 23kcal de ração animal para produzir uma caloria de carne bovina. A carne cultivada em laboratório é significativamente mais eficiente: requer apenas três calorias de energia para criar uma caloria de alimento. Ela também tem a vantagem de ser livre de antibióticos, matéria fecal, patógenos e outros contaminantes encontrados na carne convencional, reduzindo assim o risco de doenças transmitidas por alimentos.
“Isto é realmente o futuro da carne”, anunciou Uma Valeti (à esquerda na imagem acima), CEO daMemphis Meats. “Pretendemos fazer com a indústria da carne o mesmo que o carro fez com cavalos e carruagens. A carne cultivada deverá substituir completamente o status quo e tornar a criação de animais para o abate algo simplesmente impensável”.
O processo de produzir a carne artificial começa com o isolamento das células dos suínos, gado e aves, que têm uma alta capacidade de regeneração. Com a adição de oxigênio, açúcares e outros nutrientes, as células são colocadas em tanques de biorreator, de onde serão recolhidas de nove a 21 dias depois, relata o Mail Online.
Durante este processo, o crescimento celular é impulsionado com a adição de soro de sangue de vitelo. Embora isto, sem dúvida, possa espantar muitos vegetarianos, a empresa diz que estão trabalhando em uma alternativa à base de plantas para o soro.
O processo envolve também uma questão econômica: 1kg da carne terá um preço em torno de 65 reais. Apesar das custosas despesas gerais, a empresa está confiante de que pode reduzir o preço.
Valeti disse ao Wall Street Journal, “Acreditamos que em 20 anos, a maioria das carnes vendidas em supermercados será cultivada.” [ IFLS ] [ Foto: Reprodução / Divulgação ]
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