De acordo com o chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, o laudo da perícia sobre o caso de estupro da garota de 16 anos aponta que, a demora da vítima em acionar a polícia e fazer o exame foi "determinante" para que não fossem encontrados indícios de violência. A informação foi divulgada no Bom Dia Rio, da TV GLobo, nesta segunda-feira (30).
A polícia fez, também, uma perícia no vídeo que foi divulgado nas redes sociais, além do exame de corpo de delito. Segundo Veloso, a perícia feita no vídeo traz explicações que podem ser contrárias ao que vem sendo divulgado sobre o caso e que o laudo ainda pode trazer novas informações.
“Não há vestígios de sangue nenhum que se possa perceber pelas imagens que foram registradas. Eles [os peritos] já estão antecipando, alinhando algumas conclusões quanto ao emprego de violência, quanto à coleta de espermatozoides, quanto às práticas sexuais que possam ter sido praticadas com ela ou não. Então, o laudo vai trazer algumas respostas que, de certa forma, vão contrariar o senso comum que vem sendo formado por pessoas que sequer assistiram ao vídeo”, afirmou o chefe de Polícia Civil.
Nesse domingo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou ter determinado o afastamento total do delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática. Thiers vai continuar cuidando das investigações relativas ao vazamento do vídeo divulgado, detalhando o estupro da jovem por 33 homens, na favela do Morro São José Operário. Enquanto isso, a delegada Cristina Bento, titular da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente Vítima (DCAV), assumiu a coordenação das investigações.
Em nota, a Polícia Civil afirma que a nova medida para cuidar do inquérito, visa “evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho”.
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