José Eduardo Cardozo, ex-advogado-geral da União, negou que Dilma Rousseff tenha oferecido ajuda no Supremo Tribunal Federal ao presidente da Câmara de deputados afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e garantiu que o relato feito pelo deputado à Folha de S. Paulo não merece "nenhuma credibilidade". Para o ex-ministro, a versão do peemedebista não passa de uma "mentira escandalosa".
"Eduardo Cunha não é aquele deputado que disse uma vez que não tinha conta no exterior e depois todos viram que era mentira?", questionou. "Ele é afiado na arte de faltar com a verdade e, neste caso, está exercitando a habilidade de forma escandalosa", afirmou.
O encontro entre Dilma e Cunha de fato ocorreu em 1° de setembro de 2015. À época, a versão do Planalto era a de que a petista pedira ao então presidente da Câmara auxílio para que o Orçamento, enviado com deficit ao Congresso, não fosse devolvido pelo Legislativo.
Na sexta-feira (13) Cardozo foi questionado e diz ter sido informado de que "todos os encontros tidos entre a presidenta [e Cunha] trataram de problemas com as pautas legislativas, com o intuito de verificar se era possível viabilizar sua aprovação".
De acordo com a Folha de S. Paulo, no dia da reunião, Cunha também afirmou que a conversa girou em torno de temas econômicos. O site oficial da Câmara divulgou que "a presidente Dilma Rousseff pediu apoio ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para viabilizar a aprovação de medidas econômicas do governo". Fonte: Notícias ao Minuto
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