No Brasil, um grave preconceito ainda desperdiça 18 milhões de litros de sangue. A causa disso é que, no Brasil, homossexuais não podem doar sangue, exceto se tiverem passado um ano sem ter relações sexuais.
A restrição representa um grande desfalque nos estoques de sangue. Em 2014, apenas 1,8% da população brasileira doou 3,7 milhões de bolsas. Para a ONU o desejável é que de 3 a 5% da população de uma nação seja doadora. Mas só conseguiríamos chegar nesse ideal de 3% se o número de brasileiros que vão regularmente aos hemocentros dobrasse.
De acordo com o IBGE, dos 101 milhões de homens brasileiros, 10,5 milhões se consideram homossexuais. Considerando que, segundo as regras brasileiras, cada homem pode doar até quatro vezes em um ano, com a restrição dessa parcela da população, são desperdiçados 18,9 milhões de litros de sangue por ano.
E o preconceito já foi maior: até 2004, os homossexuais não podiam doar sangue de jeito nenhum.
O Ministério da Saúde segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde(OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde(OPAS) sobre a restrição de HSH (homens que fazem sexo com homens), de que todas as amostras de sangue sejam analisadas e de que os doadores sejam de baixo risco.
O Ministério da Saúde afirma que mantém a restrição por motivos científicos e que seus critérios não são discriminatórios. http://180graus.com
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