por Alexandre Galvão*Foto: Reprodução / Globo News
O presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), pediu a confiança do povo para governar durante o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Temer, o momento não é de comemoração, mas sim de reflexão. “Compreendemos o momento ingrato que estamos vivendo. Não é momento para celebrações, mas reflexões sobre o passado e o futuro. Temos que olhar para a frente, com olhos do presente e do futuro, mas não de ontem”, afirmou. Ainda durante a cerimônia, Temer declarou apoio à operação Lava Jato – onde ele e sete dos seus ministros já foram citados ou são investigados. “A lava jato tornou-se referência em apuração de desvios e deve ter prosseguimento e proteção contra qualquer tentativa de enfraquece-la”, determinou. O presidente em exercício falou ainda que pretende fazer um governo de “salvação nacional”, dando a “devida atenção às reformas”, mas sem mexer em direitos consolidados. “Reitero que é urgente pacificar a nação e unificar o Brasil. É urgente fazer um governo de salvação nacional. Partidos políticos, lideranças e entidades organizadas e o povo brasileiro hão de prestar a sua colaboração para tirar o país dessa grave crise. O diálogo é o primeiro passo para enfrentarmos os desafios. Ninguém individualmente tem as melhores receitas para as reformas que precisamos realizar, mas nós, o governo, parlamento e sociedade, junto, vamos encontra-las”, afirmou. O peemedebista reafirmou ainda que não irá acabar com programas sociais, mas, sim, aperfeiçoar. “Um projeto que garanta empregabilidade exige aplicação e consolidação de projetos sociais por sabermos todos que o Brasil ainda é pobre. Portanto, reafirmo que vamos manter os programas sociais, o Bolsa Família, o Pronatec, o Fies, o Prouni, o Minha Casa Minha Vida e outros são projetos que deram certo e terão sua gestão aprimorada. Precisamos acabar com o habito que assumindo ontem você tem que destruir o que foi feito antes”, criticou. No primeiro discurso, o presidente em exercício falou também que o Banco Central, apesar de perder o status de ministério, terá “todas as garantias” mantidas. “É preciso atingir a democracia da eficiência. Eu quero também remover a incerteza introduzia pela inflação nos últimos anos. Inflação alta atrapalha o crescimento e turva o horizonte de planejamento e sabe quem sofre as consequências? A classe trabalhadora é quem paga a parte mais pesada da conta”, concluiu. bn
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